IEMG, UMA ESCOLA VIVA
PROJETOS DESENVOLVIDOS
PELOS PROFESSORES E ALUNOS DO IEMG
Desde a sua fundação, o
Instituto de Educação de Minas Gerais foi um palco privilegiado para as
reformas, transformações e revoluções no campo da educação que ocorreram no
Brasil nos últimos cem anos . Nos dias de hoje, o IEMG conserva esse espirito
transformador nas práticas dos seus professores e numa gestão moderna. A
Educação é entendida como um processo de vida. O processo de
ensino-aprendizagem e os projetos aqui desenvolvidos têm um propósito real e um valor
prático para o ensino. O ato de educar
implica desenvolver competências que tornam um indivíduo capaz de viver a vida
autônoma, produtiva e responsável. E também procuram restabelecer um vínculo
entre a aprendizagem que acontece na escola e a vida das crianças, dos
adolescentes e dos jovens, pois os projetos que eles escolhem ou sugerem parte,
inevitavelmente, de questões relacionadas à sua vida e à sua experiência que
lhes parecem importantes e sobre as quais eles se interessam em aprender mais. Nesses trabalhos, o próprio
aluno constrói o conhecimento e o professor propõe situações de ensino baseadas
nas descobertas significativas dos alunos. Eles deixam de lado a memorização de
conteúdos prontos e respostas dadas, para valorizar as experiências
proporcionadas pelos problemas criados e pela ação desencadeada. Isso acontece
tanto na sala em aulas expositivas dialogadas com a participação ativa dos
alunos ou mesmo em pesquisas de campo e visitas orientadas.
Os projetos do IEMG têm
por característica a diversidade e a atualidade . O que explica o grande
interesse por parte de alunos e professores. Muitos são os exemplos
desenvolvidos ao longo de mais de cem anos. Para esse número da revista, foram
escolhidos alguns trabalhos produzidos nos últimos anos. Dentre eles, podemos
destacar os projetos Fanfarra; JPPEAS e GDPEAS; Projeto Diagnóstico e Prevenção
do Bulling no Instituto de Educação de Minas Gerais; Educação e
Patrimônio – Escolas tombadas; Retalhinhos dos sonhos; Projetos do Ensino Médio
(Simulado do ENEM, Visitas às universidades e feiras de profissões,
Aprofundamento de estudos, Projetos Parcerias com universidades mineiras e
cursinhos, o Intercolegial da cidade de Belo Horizonte e o projeto bolsa de
estudos), entre outros.
PROJETO: ENSINO MÉDIO
O ensino
médio é uma importante etapa para a consolidação da educação básica, na
perspectiva de prosseguir estudos e continuar aprendendo. Busca-se o
estabelecimento de relações entre teoria e prática no ensino das disciplinas;
ao mesmo tempo em que em se adquire a autonomia intelectual, reflexão crítica,
capacidade de aprender, pesquisar, criar e formular. Para concretizar tais
objetivos, o “Projeto Ensino Médio”, se organiza em várias frentes, a saber:
Projeto Simulado do ENEM; Projeto de visitas às universidades e feiras de
profissões; Projetos de aprofundamento de estudos; Projeto de parcerias com
universidades e cursinhos de Belo Horizonte; Projeto Intercolegial da cidade de
Belo Horizonte; Projeto Bolsa de Estudos.
Por exemplo, no “Projeto Simulado do ENEM”,
o objetivo é que o aluno vivencie situações que simulem os processos de seleção
como vestibular e ENEM. Além disso, busca-se contribuir para a desenvoltura do
estudante frente a situações de grande tensão, dominando as ansiedades do
momento. No “Projeto de visitas as universidades e feiras de profissões”, o
aluno terá condições de pensar que a escolha de uma profissão implica elaborar
um projeto de vida em longo prazo. Essa escolha tem que ser feita com clareza e
critérios. Nas feiras de profissões da UFOP, em Ouro Preto (MG), por exemplo, a
professora de arte Rosa Ribeiro Vicente é convidada especial por compreender a
antiga capital mineira como um museu a céu aberto, ao mesmo tempo, que
apresenta um campo de possibilidades para os alunos desenvolveram suas
habilidades e competências em suas futuras profissões. A professora desenvolve
junto aos alunos um trabalho de observação e de produção de desenhos das linhas
e composições dos portais barrocos em uma identificação de formas e cores.
O resultado positivo de todo esse
trabalho pode ser visto na performance dos alunos do Instituto de Educação de
Minas Gerais nos vestibulares das principais universidades de Minas Gerais
entre os anos de 2003 a 2011 (cf. tabela 1). Também deve ser ressaltado que,
nesse período, 106 famílias foram assistidas
com bolsas de cursinhos pré-vestibular. E 1327 alunos com bolsas nas faculdades
TABELA
1
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Ano
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Número
de alunos aprovados nas principais universidades de Minas Gerais
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2003
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60
alunos aprovados (UFMG, UFOP,UFV, FAFEID, PUC-MG, FUMEC, UNA, UNI-BH
|
2004
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110
alunos aprovados (UFMG, UEMG, UFSJ, UEMG, FAFEID,UNIMONTES, Escola Superior
Dom Helder Câmara, PUC-MG, UMA)
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2005
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170
alunos aprovados (UFMG, UFOP, UFV, UFVJM, PUC-MG, UNICOR, UNA, UNI-BH)
|
2006
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310
alunos aprovados (UFMG, UFOP, UFV, UNIFAL-MG, UNIMONTES, PUC-MG, UNA, UNI-BH, UEMG)
|
2007
|
209
alunos aprovados (UFMG, UFOP, UFSJ UFVJM, UNIFAL-MG, UEMG, PUC-MG, Escola Superior Dom Helder Câmara)
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2008
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360
alunos aprovados (UFMG, UFOP, UFSJ, UFVJM, UNIFAL-MG, UEMG, PUC)
|
2009
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380
alunos aprovados (UFMG, UFOP, UFSJ, UFVJM, UNIFAL-MG, Escola Superior Dom Helder Câmara, UEMG, PUC-MG)
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2010
|
410
alunos aprovados (dados ainda não tabulados)
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2011
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310 alunos aprovados nos vestibulares
(dados ainda não tabulados)
|
PROJETO: FANFARRA
A “Fanfarra
Levindo Eduardo Coelho (Felc)”, ou “Fanfarra do IEMG” como é popularmente
conhecida foi criada em 1981, pela professora Sara Clementina Silva e
assessorada por uma diretoria de pais, mestres e amigos da música. A partir da
metade da década de 1990, com a saída da professora Sara, a Fanfarra passou a
ser coordenada somente por componentes veteranos, ex-alunos do IEMG, estando à
frente Paulo Lamac e Michele de Cássia, que não deixaram que a Fanfarra se
extinguir.
O seu nome
oficial é uma homenagem ao primeiro secretário da Educação e Saúde Pública de
Minas Gerais, entre os anos de 1930 e 1931. A fanfarra é formada por
aproximadamente 120 integrantes, entre alunos dos ensinos fundamental e médio e
ex-alunos da escola. Para integrar a fanfarra do IEMG é necessário dedicação e
disciplina. A fanfarra realiza apresentações durante todo o ano, mas o momento
mais esperado é o desfile de sete de setembro, na avenida Afonso Pena, em Belo
Horizonte. A Fanfarra tem por finalidade realizar um trabalho educativo que gere
no aluno prazer, entusiasmo e gosto musical. Além de representar o Instituto de
Educação de Minas Gerais em suas apresentações culturais, artísticas e
recreativas; divulgar a cultura e as artes desenvolvidas na educação formal dos
alunos do IEMG. Os ensaios acontecem de segunda a sexta-feira, entre os turnos
da manhã e da tarde.
PROJETO JPPEAS E GDPEAS
O projeto JPPEAS (Jovens
Protagonistas do Programa
de Educação Afetivo-Sexual) e GDPEAS (Grupos de Desenvolvimento Profissionais do Programa de Educação Afetivo-Sexual) é coordenado por Maria
Inez Lima, no Instituto de Educação. O objetivo do projeto é o de minimizar a
vulnerabilidade dos jovens adolescentes frente a gravidez não planejada, uso
indevido de drogas e diminuição dos índices de contaminação das doenças
sexualmente transmissíveis e, em especial, o HIV/Aids. Além disto, busca-se
promover o desenvolvimento pessoal e social de jovens de escolas estaduais, por
meio de ações de caráter educativo e participativo, focalizadas nas questões
relacionadas à afetividade e sexualidade, juventude e cidadania, mundo do
trabalho e perspectiva de vida, tendo o protagonismo como eixo norteador das
ações. Como resultado o JPPEAS e GDPEAS do Instituto de Educação já apresentou
oficinas, vídeos e jornais.
PROJETO: SEMINÁRIO
PERSPECTIVAS DA EDUCAÇÃO ATUAL
O Projeto do Seminário Perspectivas da
Educação Atual foi organizado pelo diretor Orivaldo Diogo, vice-diretora
Silvana Cayres e pela supervisora Ângela M. Teles. Na primeira fase do projeto,
foi realizada uma palestra com a professora de pedagogia da UNA, Rosangela
Teles. O seu objetivo é o de mostrar como o desenvolvimento de um país está
condicionado à qualidade da sua educação. Nesse contexto, somos obrigados a nos
perguntar: qual educação, qual escola, qual aluno, qual professor queremos? Além
disto é importante compreender o significado que a educação adquire inserida no
contexto da globalização e da era da informação
PROJETO “MANHÃS DE LEITURAS”
Elaborado
e executado por Patrícia Maria de Melo (formada em psicologia pela UFMG com
pós-graduação pela CEPEMG). O Projeto “Manhãs de leituras é desenvolvido na
Biblioteca do IEMG com alunos dos 4º e 5º anos.
E baseia-se em atividades lúdicas que visam promover ‘a leitura através
de recursos artísticos e corporais variados, visando ampliar ‘a aprendizagem
dos alunos através de atividades em pequenos grupos. Assim, utiliza-se a
motivação da criança em relação ‘as artes e aos jogos para aprimorar a
concentração, o raciocino lógico e o abstrato,
PROJETO: ARTE DE VER A
ARTE: APRENDENDO A RESGATAR O PATRIMONIO CULTURAL DA CAPITAL MINEIRA
O objeto de estudo deste
projeto é a arquitetura eclética de Belo Horizonte. Por meio de aulas práticas
de desenho de observação e de desenho livre, busca-se apreender o mundo e
desenvolver o pensamento crítico e a criatividade\sensibilidade. Ao explorar e
transmitir novos valores, o alunato conseguirá “educar o seu olhar”. Ao perceber
as formas, contornos e linhas que definem tanto o mundo concreto como as obras
de arte. Neste projeto, desenvolvido e orientado pela professora de artes, Rosa Maria Vicente Ribeiro, o aluno buscará a compreensão de que a obra de
arte e o processo artístico fazem pare de um sistema educativo centrado no
desenvolvimento das dimensões do sujeito através da fruição, contemplação,
produção, criação, e interpretação de desenhos.
PROJETO: RETALHINHOS DOS SONHOS
O projeto “Retalhinhos
dos sonhos” idealizado pela professora Quitéria Maria Andrade de Oliveira busca através da
leitura e da produção de textos (poesias) conduzir meninos e meninas do ensino
fundamental ao mundo mágico e poético da leitura. Da mesma forma que com gestos
e entonações, na medida certa da emoção, os pequenos leitores e autores valorizam
versos consagrados de grandes mestres da leitura. E com desenvoltura também
produzem a sua visão de mundo a partir da arte poética.
O “projeto diagnóstico e
prevenção do bulling no Instituto de
Educação de Minas Gerais” começou a ser desenvolvido no IEMG a partir do ano de
2005 e teve desdobramentos importantes nos anos seguintes. Foi apresentado com
destaque no Observatório Nacional dos Direitos da criança e do adolescente. É
coordenado por Maria Inez Pereira, orientadora educacional. O seu propósito principal é o
de enfrentar o bullying escolar. Por isso foi estruturado com o objetivo de
identificar as agressões relativas ao bullying no meio escolar, categorizar os
tipos de violência percebida (verbal, escrita, física) e propor medidas de
prevenção. Esse projeto conseguiu reunir professores, especialistas,
funcionários, pais e alunos e através de um estudo sistemático em torno desse
tema. Todo conhecimento produzido pelo grupo de estudo foi disseminado para a
comunidade escolar por meio de seminários com a participação de importantes
especialistas no tema. Outras ações se seguiram: constituição do “Núcleo de
Estudo Interdisciplinar sobre o Bullying no IEMG”, organização do Grupo de
teatro “Nova Cena” que realizou apresentação da peça “Santuário das Gerações”,
participação no Núcleo de Promoção de Saúde e Paz da UFMG, etc. Ao mesmo tempo,
em que foram propostas várias intervenções pedagógicas para alunos e professores do Instituto de Educação (a
campanha “Não sofra em silêncio” para os anos iniciais e sétimo ano, o projeto
Yoga na Educação, implantação de oficinas no 1º ano do Ensino Médio em parceria
com o Projeto Frutos do Morro do Núcleo de Promoção de Saúde e Paz/UFMG, entre
outros).
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