quinta-feira, 27 de setembro de 2012

IEMG, UMA ESCOLA VIVA PROJETOS DESENVOLVIDOS PELOS PROFESSORES E ALUNOS DO IEMG




IEMG, UMA ESCOLA VIVA
PROJETOS DESENVOLVIDOS PELOS PROFESSORES E ALUNOS DO IEMG

Desde a sua fundação, o Instituto de Educação de Minas Gerais foi um palco privilegiado para as reformas, transformações e revoluções no campo da educação que ocorreram no Brasil nos últimos cem anos . Nos dias de hoje, o IEMG conserva esse espirito transformador nas práticas dos seus professores e numa gestão moderna. A Educação é entendida como um processo de vida. O processo de ensino-aprendizagem e os projetos aqui desenvolvidos têm um propósito real e um valor prático para o ensino. O ato de educar implica desenvolver competências que tornam um indivíduo capaz de viver a vida autônoma, produtiva e responsável. E também procuram restabelecer um vínculo entre a aprendizagem que acontece na escola e a vida das crianças, dos adolescentes e dos jovens, pois os projetos que eles escolhem ou sugerem parte, inevitavelmente, de questões relacionadas à sua vida e à sua experiência que lhes parecem importantes e sobre as quais eles se interessam em aprender mais. Nesses trabalhos, o próprio aluno constrói o conhecimento e o professor propõe situações de ensino baseadas nas descobertas significativas dos alunos. Eles deixam de lado a memorização de conteúdos prontos e respostas dadas, para valorizar as experiências proporcionadas pelos problemas criados e pela ação desencadeada. Isso acontece tanto na sala em aulas expositivas dialogadas com a participação ativa dos alunos ou mesmo em pesquisas de campo e visitas orientadas.
Os projetos do IEMG têm por característica a diversidade e a atualidade . O que explica o grande interesse por parte de alunos e professores. Muitos são os exemplos desenvolvidos ao longo de mais de cem anos. Para esse número da revista, foram escolhidos alguns trabalhos produzidos nos últimos anos. Dentre eles, podemos destacar os projetos Fanfarra; JPPEAS e GDPEAS; Projeto Diagnóstico e Prevenção do Bulling no Instituto de Educação de Minas Gerais; Educação e Patrimônio – Escolas tombadas; Retalhinhos dos sonhos; Projetos do Ensino Médio (Simulado do ENEM, Visitas às universidades e feiras de profissões, Aprofundamento de estudos, Projetos Parcerias com universidades mineiras e cursinhos, o Intercolegial da cidade de Belo Horizonte e o projeto bolsa de estudos), entre outros.



PROJETO: ENSINO MÉDIO

O ensino médio é uma importante etapa para a consolidação da educação básica, na perspectiva de prosseguir estudos e continuar aprendendo. Busca-se o estabelecimento de relações entre teoria e prática no ensino das disciplinas; ao mesmo tempo em que em se adquire a autonomia intelectual, reflexão crítica, capacidade de aprender, pesquisar, criar e formular. Para concretizar tais objetivos, o “Projeto Ensino Médio”, se organiza em várias frentes, a saber: Projeto Simulado do ENEM; Projeto de visitas às universidades e feiras de profissões; Projetos de aprofundamento de estudos; Projeto de parcerias com universidades e cursinhos de Belo Horizonte; Projeto Intercolegial da cidade de Belo Horizonte; Projeto Bolsa de Estudos.
Por exemplo, no “Projeto Simulado do ENEM”, o objetivo é que o aluno vivencie situações que simulem os processos de seleção como vestibular e ENEM. Além disso, busca-se contribuir para a desenvoltura do estudante frente a situações de grande tensão, dominando as ansiedades do momento. No “Projeto de visitas as universidades e feiras de profissões”, o aluno terá condições de pensar que a escolha de uma profissão implica elaborar um projeto de vida em longo prazo. Essa escolha tem que ser feita com clareza e critérios. Nas feiras de profissões da UFOP, em Ouro Preto (MG), por exemplo, a professora de arte Rosa Ribeiro Vicente é convidada especial por compreender a antiga capital mineira como um museu a céu aberto, ao mesmo tempo, que apresenta um campo de possibilidades para os alunos desenvolveram suas habilidades e competências em suas futuras profissões. A professora desenvolve junto aos alunos um trabalho de observação e de produção de desenhos das linhas e composições dos portais barrocos em uma identificação de formas e cores.
O resultado positivo de todo esse trabalho pode ser visto na performance dos alunos do Instituto de Educação de Minas Gerais nos vestibulares das principais universidades de Minas Gerais entre os anos de 2003 a 2011 (cf. tabela 1). Também deve ser ressaltado que, nesse período, 106 famílias foram assistidas com bolsas de cursinhos pré-vestibular. E 1327 alunos com bolsas nas faculdades

TABELA 1
Ano
Número de alunos aprovados nas principais universidades de Minas Gerais
2003

60 alunos aprovados (UFMG, UFOP,UFV, FAFEID, PUC-MG, FUMEC, UNA, UNI-BH
2004
110 alunos aprovados (UFMG, UEMG, UFSJ, UEMG, FAFEID,UNIMONTES, Escola Superior Dom Helder Câmara,  PUC-MG, UMA)
2005
170 alunos aprovados (UFMG, UFOP, UFV, UFVJM, PUC-MG, UNICOR, UNA, UNI-BH)

2006
310 alunos aprovados (UFMG, UFOP, UFV, UNIFAL-MG, UNIMONTES, PUC-MG, UNA, UNI-BH, UEMG)
2007
209 alunos aprovados (UFMG, UFOP, UFSJ UFVJM, UNIFAL-MG, UEMG, PUC-MG, Escola Superior Dom Helder Câmara)
2008
360 alunos aprovados (UFMG, UFOP, UFSJ, UFVJM, UNIFAL-MG, UEMG, PUC)
2009
380 alunos aprovados (UFMG, UFOP, UFSJ, UFVJM, UNIFAL-MG, Escola Superior Dom Helder Câmara, UEMG, PUC-MG)
2010
410 alunos aprovados (dados ainda não tabulados)
2011
310 alunos aprovados nos vestibulares (dados ainda não tabulados)


PROJETO: FANFARRA

A “Fanfarra Levindo Eduardo Coelho (Felc)”, ou “Fanfarra do IEMG” como é popularmente conhecida foi criada em 1981, pela professora Sara Clementina Silva e assessorada por uma diretoria de pais, mestres e amigos da música. A partir da metade da década de 1990, com a saída da professora Sara, a Fanfarra passou a ser coordenada somente por componentes veteranos, ex-alunos do IEMG, estando à frente Paulo Lamac e Michele de Cássia, que não deixaram que a Fanfarra se extinguir.
O seu nome oficial é uma homenagem ao primeiro secretário da Educação e Saúde Pública de Minas Gerais, entre os anos de 1930 e 1931. A fanfarra é formada por aproximadamente 120 integrantes, entre alunos dos ensinos fundamental e médio e ex-alunos da escola. Para integrar a fanfarra do IEMG é necessário dedicação e disciplina. A fanfarra realiza apresentações durante todo o ano, mas o momento mais esperado é o desfile de sete de setembro, na avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte. A Fanfarra tem por finalidade realizar um trabalho educativo que gere no aluno prazer, entusiasmo e gosto musical. Além de representar o Instituto de Educação de Minas Gerais em suas apresentações culturais, artísticas e recreativas; divulgar a cultura e as artes desenvolvidas na educação formal dos alunos do IEMG. Os ensaios acontecem de segunda a sexta-feira, entre os turnos da manhã e da tarde.

PROJETO JPPEAS E GDPEAS

O projeto JPPEAS (Jovens Protagonistas do Programa de Educação Afetivo-Sexual) e GDPEAS (Grupos de Desenvolvimento Profissionais do Programa de Educação Afetivo-Sexual) é coordenado por Maria Inez Lima, no Instituto de Educação. O objetivo do projeto é o de minimizar a vulnerabilidade dos jovens adolescentes frente a gravidez não planejada, uso indevido de drogas e diminuição dos índices de contaminação das doenças sexualmente transmissíveis e, em especial, o HIV/Aids. Além disto, busca-se promover o desenvolvimento pessoal e social de jovens de escolas estaduais, por meio de ações de caráter educativo e participativo, focalizadas nas questões relacionadas à afetividade e sexualidade, juventude e cidadania, mundo do trabalho e perspectiva de vida, tendo o protagonismo como eixo norteador das ações. Como resultado o JPPEAS e GDPEAS do Instituto de Educação já apresentou oficinas, vídeos e jornais.

PROJETO: SEMINÁRIO PERSPECTIVAS DA EDUCAÇÃO ATUAL

O Projeto do Seminário Perspectivas da Educação Atual foi organizado pelo diretor Orivaldo Diogo, vice-diretora Silvana Cayres e pela supervisora Ângela M. Teles. Na primeira fase do projeto, foi realizada uma palestra com a professora de pedagogia da UNA, Rosangela Teles. O seu objetivo é o de mostrar como o desenvolvimento de um país está condicionado à qualidade da sua educação. Nesse contexto, somos obrigados a nos perguntar: qual educação, qual escola, qual aluno, qual professor queremos? Além disto é importante compreender o significado que a educação adquire inserida no contexto da globalização e da era da informação


PROJETO “MANHÃS DE LEITURAS”


Elaborado e executado por Patrícia Maria de Melo (formada em psicologia pela UFMG com pós-graduação pela CEPEMG). O Projeto “Manhãs de leituras é desenvolvido na Biblioteca do IEMG com alunos dos 4º e 5º anos.  E baseia-se em atividades lúdicas que visam promover ‘a leitura através de recursos artísticos e corporais variados, visando ampliar ‘a aprendizagem dos alunos através de atividades em pequenos grupos. Assim, utiliza-se a motivação da criança em relação ‘as artes e aos jogos para aprimorar a concentração, o raciocino lógico e o abstrato,


PROJETO: ARTE DE VER A ARTE: APRENDENDO A RESGATAR O PATRIMONIO CULTURAL DA CAPITAL MINEIRA

O objeto de estudo deste projeto é a arquitetura eclética de Belo Horizonte. Por meio de aulas práticas de desenho de observação e de desenho livre, busca-se apreender o mundo e desenvolver o pensamento crítico e a criatividade\sensibilidade. Ao explorar e transmitir novos valores, o alunato conseguirá “educar o seu olhar”. Ao perceber as formas, contornos e linhas que definem tanto o mundo concreto como as obras de arte. Neste projeto, desenvolvido e orientado pela professora de artes, Rosa Maria Vicente Ribeiro, o aluno buscará a compreensão de que a obra de arte e o processo artístico fazem pare de um sistema educativo centrado no desenvolvimento das dimensões do sujeito através da fruição, contemplação, produção, criação, e interpretação de desenhos.


PROJETO: RETALHINHOS DOS SONHOS

O projeto “Retalhinhos dos sonhos” idealizado pela professora Quitéria Maria Andrade de Oliveira busca através da leitura e da produção de textos (poesias) conduzir meninos e meninas do ensino fundamental ao mundo mágico e poético da leitura. Da mesma forma que com gestos e entonações, na medida certa da emoção, os pequenos leitores e autores valorizam versos consagrados de grandes mestres da leitura. E com desenvoltura também produzem a sua visão de mundo a partir da arte poética.


O “projeto diagnóstico e prevenção do bulling no Instituto de Educação de Minas Gerais” começou a ser desenvolvido no IEMG a partir do ano de 2005 e teve desdobramentos importantes nos anos seguintes. Foi apresentado com destaque no Observatório Nacional dos Direitos da criança e do adolescente. É coordenado por Maria Inez Pereira, orientadora educacional. O seu propósito principal é o de enfrentar o bullying escolar. Por isso foi estruturado com o objetivo de identificar as agressões relativas ao bullying no meio escolar, categorizar os tipos de violência percebida (verbal, escrita, física) e propor medidas de prevenção. Esse projeto conseguiu reunir professores, especialistas, funcionários, pais e alunos e através de um estudo sistemático em torno desse tema. Todo conhecimento produzido pelo grupo de estudo foi disseminado para a comunidade escolar por meio de seminários com a participação de importantes especialistas no tema. Outras ações se seguiram: constituição do “Núcleo de Estudo Interdisciplinar sobre o Bullying no IEMG”, organização do Grupo de teatro “Nova Cena” que realizou apresentação da peça “Santuário das Gerações”, participação no Núcleo de Promoção de Saúde e Paz da UFMG, etc. Ao mesmo tempo, em que foram propostas várias intervenções pedagógicas para alunos  e professores do Instituto de Educação (a campanha “Não sofra em silêncio” para os anos iniciais e sétimo ano, o projeto Yoga na Educação, implantação de oficinas no 1º ano do Ensino Médio em parceria com o Projeto Frutos do Morro do Núcleo de Promoção de Saúde e Paz/UFMG, entre outros).

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